Na loja, o cliente é identificado pelo sistema do estabelecimento via conexão de celular. Com o produto escolhido em mãos, ele deixa o local sem que seja necessário passar pelo caixa, pagando direto pelo smartphone. Enquanto isso, a empresa identifica o produto retirado da prateleira e há uma “conversa” entre máquinas para que seja iniciada a reposição do estoque. Isso sem que nenhuma interação humana aconteça. Cena de filme? Nada disso: vida real. Esse é o cotidiano de algumas empresas que já estão vivendo a Indústria 4.0.
O avanço da digitalização e do armazenamento de informações em nuvem é a chave desse fenômeno. Cunhado como “Indústria 4.0” na Alemanha, ele rege a integração de diversos tipos de tecnologias no processo produtivo. O movimento atinge não só o comércio, mas também a indústria e o ramo dos serviços, em um rompante que começa a mobilizar e afetar empresas de todo o planeta. A Indústria 4.0. é o futuro, sendo o caminho perfeito para as empresas que buscam competitividade, eficiência e produtividade nos negócios.
Com forte pegada na manufatura, a Indústria 4.0 usa a tecnologia de informação para redefinir o que estamos acostumados a ver em automação, digitalização de dados, conectividade e internet das coisas. Encabeçando o movimento, Alemanha, Estados Unidos, China e Coreia do Sul largam na frente em inovações nesse sentido, e assim ditam os rumos da economia globalizada como um todo. Nesse ponto, ficar de fora dessas novidades é ficar para trás e ser preterido na hora de novos contratos e oportunidades.
Validando o movimento em números, a Indústria 4.0 deve impactar em 28% o Produto Interno Bruto (PIB) até 2030, segundo estimativa do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge. Segundo Jorge, o momento do Brasil nessa revolução é de abertura comercial, com a finalização de acordos antigos, início de novos, e a perspectiva de melhora na economia brasileira.
No entanto, enquanto as novas tecnologias evoluem, a maioria dos profissionais ainda não se atualizou no que diz respeito à mentalidade para os negócios. Isso precisa mudar. Para que a revolução aconteça, é fundamental que empresários, gestores e empregados mudem o jeito de pensar para acompanhar a Indústria 4.0.
Para entender isso, basta atentar para o fato de que se as tecnologias irão avançar nas organizações, o capital humano também precisa se modernizar para poder acompanhar essa revolução. Desse modo, mudar o modo de pensar deve ser o foco dos profissionais, posto que essa transformação de mercado já é uma realidade.
Como fazer isso? A saída é desaprender para aprender de novo. E isso cabe tanto para gestores quanto para funcionários: todos devem se adaptar e se esforçar para se inserir neste novo contexto. Só assim as empresas estarão totalmente aptas a se adaptarem à nova ordem, viabilizando os negócios e assegurando a competitividade nos mercados.
A empresa ou empresário que não se modernizar, ficará deslocada. Tomando as decisões certas agora, é possível fazer dessas mudanças uma vantagem competitiva perante a concorrência.
E a sua empresa, está preparada para a revolução da Indústria 4.0?