Nas últimas semanas, você deve ter ouvido falar de fábricas espalhadas ao redor do mundo que de repente começaram a produzir álcool gel, máscaras, válvulas, componentes e sistemas para respiradores ou outros equipamentos para ajudar no combate ao novo Coronavírus. Ferrari, Tesla, Ford, Mercedes, Embraer, Foxconn, WEG são algumas delas. Já estão produzindo e até entregando produtos, em tempos recordes.
Mas como isso é possível? Afinal, estamos falando de fábricas de veículos, aviões, celulares, motores…
Para ajudar a entender, vamos falar um pouco sobre o termo Indústria 4.0 e sua relevância não somente para o momento atual, mas para a sobrevivência da indústria em geral. Por mais que existam diversas tecnologias associadas ao conceito 4.0 (digitalização, big data, robôs autônomos, internet das coisas, manufatura aditiva, etc.), estas só existem e foram criadas porque nós, como consumidores, passamos a demandar cada vez mais por produtos novos, em tempos cada vez menores. E não somente isso, fazemos questão de que o produto que compramos tenha a nossa cara, seja feito especialmente para o nosso desejo, ou seja, customizado. Mas como uma fábrica consegue isso? Entregar um carro ou uma camiseta, ou outro produto qualquer, fabricado “sob medida”, e produzir isso em grandes quantidades (na linguagem técnica, praticar a customização em massa), a preços que estamos dispostos a pagar?
A resposta se dá pelo uso da tecnologia, ou melhor, de diferentes tecnologias que, quando inseridas no ambiente de negócio e no chão de fábrica, permitem às empresas adaptar seus produtos e processos de maneira mais ágil. Desde o uso de big data para monitoramento de padrões de consumo, passando por tecnologias de modularização de produtos e inteligência de mercado, digital twin, robôs e sistemas inteligentes no chão de fábrica, até sistemas de acompanhamento em tempo real da cadeia logística e de distribuição.
Hoje, todas as empresas acima citadas já possuem tecnologias 4.0 em seu negócio. Todas customizam seus produtos de acordo com a vontade de cada cliente. O fazem não porque são grandes empresas ou multinacionais, mas sim por uma questão de sobrevivência, orientada por nós, pelo mercado.
Somos movidos pela tecnologia, que acelera demais nossas vidas e muda constantemente nossas vontades. Com isso, criamos a necessidade cada vez maior de novos produtos, que demandam novos processos dentro das fábricas que, a partir destas tecnologias, são desenvolvidos pela indústria para atender este mercado em constante evolução.
Assim, fábricas de multinacionais, em momentos como o que estamos vivendo, conseguem rapidamente adequar seus ambientes fabris e desenvolver novos produtos e processos, e com isso contribuir para uma sociedade melhor.
por Thiago Mantovani
Gerente do Centro de Referência em Sistemas Produtivos Cooperativos da Fundação CERTI
Fonte: https://programacentelha.com.br/
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